Os 6 passos essenciais para criar a sua startup
Artigo atualizado em 15 de dezembro de 2022
Você sabe que tem um perfil empreendedor, acredita que é possível mudar processos burocráticos por meio de inovação e tecnologia e teve uma ideia que considera aplicável e acredita ser ábil para ajudar muitas pessoas, mas não sabe por onde começar a colocá-la em prática?
Fique tranquilo, afinal, os founders que lideram importantes startups com grandes cases de sucesso atualmente também tiveram dúvidas sobre por onde começar a sua jornada de intenso trabalho em busca de transformações tecnológicas por meio do empreendedorismo.
Para que você não desista da ideia de colocar no mercado a sua própria startup e começar a solucionar dores existentes na sociedade o quanto antes, este artigo pretende, de forma didática e com dicas de fácil execução, te mostrar quais são os primeiros passos que você precisa dar para conseguir concretizar a viabilização da sua ideia e, em um futuro próximo, ter sua comunidade bem estruturada e gerando bons resultados.
Pegue papel e caneta e anote tudo, porque você está cada vez mais perto de iniciar sua caminhada rumo ao disruptivo ecossistema de startups, que não param de revolucionar o mercado e impactar pessoas.
Afinal, como montar uma startup?
Criar uma startup é um processo que requer planejamento, seguido de muita mão na massa. As principais etapas são:
1. Sem medo, busque inovação
O primeiro passo para dar origem a uma startup é não ter medo de idealizar, pense que neste momento, você pode e está livre para projetar aquilo que a sua criatividade puder explorar. Assim, no momento mais inicial desse percurso, não tenha receio e intente alcançar inovação.
Partindo desse plano com ideias fecundas, obter sucesso nos próximos passos será mais fácil! E por falar em próximas etapas, vamos continuar?
2. Trabalhe a ideação
A ideia aqui é filtrar todas as suas ideias e ter bem definido qual é o seu principal produto/serviço, ou a solução inicial. Nessa fase, há a ideação, um momento importante para avaliar se sua ideia tem potencial para ser validada.
Para isso, há dois pontos importantes que precisam ser levados em consideração: o fit de mercado e a resolução de problemas.
O conceito fit de mercado aplicado às startups significa dizer que o produto/serviço ofertado atende as demandas existentes dos futuros clientes.
Nesse momento, você deve estar pensando que, sim, a sua ideia atende a uma necessidade do mercado, agora, a próxima pergunta a ser respondida é: minha solução resolve o problema dos meus potenciais clientes?
Se pergunte o seguinte: quais são os produtos/serviços que eu assino atualmente? Pois, para contratar serviços pagos, certamente eles te facilitaram a vida de algum jeito, não é mesmo? Então, esse é o ponto e com a sua ideia não pode ser diferente.
Tenha em mente: soluções de sucesso resolvem grandes problemas de seus clientes!
3. Valide o seu produto/serviço
Muito bem, estando ciente que, para a sua ideia dar certo, é necessário que exista demanda de mercado para a sua inserção e sua existência precisa solucionar dores existentes que ainda não estão sendo sanadas, o próximo passo é validar seu produto/serviço. E uma das atitudes mais acertadas para o pontapé inicial ser mais assertivo: é conversar com seus potenciais clientes para coletar o máximo de informações possíveis.
A importância disso reside no fato de ser muito comum que futuros empreendedores, empolgados com o grande passo que planejam dar, se apaixonem por sua ideia, tomem como base suas experiências pessoais e tornem sua futura solução uma dor de mercado a ser tratada ao idealizar um cenário que não está tão propício assim.
Por isso, é essencial que você se certifique com uma base grande de potenciais clientes com o perfil que deseja atender, se essa demanda existe mesmo e faça isso por meio da validação promovendo uma troca de ideias, mas ainda não é a hora de vender seu produto/ serviço.
Além disso, você também deve aproveitar essa iniciativa para descobrir pontos a melhorar dentro do seu planejamento. Assim, esteja aberto a feedbacks, preste atenção às sugestões do que aparentemente funciona e o que precisa ser revisto, além de investigar bem o seu público-alvo.
Tudo isso facilitará o encaixe ao mercado e a adesão de usuários. Para sua startup dar certo, é fundamental que sua solução atenda às demandas de clientes reais.
4. Use o MVP (Mínimo Produto Viável)
Com a validação finalizada, chegou a hora da execução. Mas como começar a implementar a solução no mercado? Startups de sucesso usam o método MVP (Minimum Viable Product, ou em português, Mínimo Produto Viável)!
Em empreendedorismo, principalmente no contexto de startups, MVP é a versão mais simples de um produto/serviço que pode ser lançado com uma quantidade mínima de esforço e desenvolvimento. A estratégia é lançar rápido e barato, mas sem deixar de exemplificar como a solução pretende resolver a dor do cliente. Essa fase também é conhecida como job to be done.
Trabalhemos com exemplo: vamos supor que você deseja comercializar bolos e já validou que essa é uma demanda do mercado, para o seu MVP o ideal é que cupcakes sejam preparados, ao invés de entregar ao cliente a massa ou o recheio separadamente. Assim, o público-alvo experimenta a qualidade do seu produto sem que você gaste muito tempo e recursos para proporcionar essa amostra. Assim, é importante dedicar tempo para analisar e entender os feedbacks que essa primeira versão receberá, é normal surgirem novas necessidades.
São essas melhorias mais certeiras e específicas que diminuem a chance de imprecisões na hora de lançar algo oficialmente. Para o experimento de MVP realmente surtir efeito e as reformulações levarem ao aperfeiçoamento necessário, é preciso entender o ciclo do teste. São eles:
- Construir: você precisa entregar soluções rapidamente, mas sem deixar de lado o job to be done da sua solução;
- Medir: após testar com clientes reais, acompanhe suas respostas e sugestões de melhorias, para trabalhar nas correções;
- Aprender: retire os aprendizados e organize começando pelas melhorias consideradas mais prioritárias por seus potenciais clientes. Seguramente, respeitando o ciclo de planejamento, você estará preparado para colocar na rua a primeira versão completa do seu produto/serviço.
5. Encontre o co-founder certo
O produto/serviço já foi definido, validado e testado e você obtem a certeza do que quer fazer, mas sabe que suas expertises não comtemplam todas as áreas de administração de uma startup. Nesse momento, uma certa insegurança é natural, mas não deixa que ela te pare.
Se sua intenção é formar uma comunidade forte e unida em prol de uma única missão, comece a procurar pelo co-founder certo.
Escolher o sócio ponderando habilidades complementares às suas é a decisão mais acertada para a sua startup se destacar no mercado, alcançando, assim, os resultados que deseja. Essa pessoa estará ao seu lado no dia a dia, dividindo as responsabilidades e tomadas de decisões, então, também é muito importante que exista uma ótima sinergia entre vocês.
Mas antes de decidir pela parceria, avalie se o profissional se enquadra nas três características a seguir, se a resposta for sim, essa parceria tem grandes possibilidades de dar certo.
- Entende o nicho: pensando no sucesso da startup, é indispensável que o sócio que você busca entenda sobre o ramo de atuação da empresa, pois essa experiência dará a vocês uma visão mais analítica e estratégica do mercado e os próximos passos serão decididos com mais confiança para aproveitar boas oportunidades;
- Tenha skill complementar: como dito anteriormente, é interessante para a sua startup que as habilidades de vocês se complementem, expertises diferentes que juntas somam forças e conhecimentos rumo à implementação mais precisa do produto/serviço no mercado. Avalie o que agregará mais nessa fase inicial antes de eleger seu co-founder;
- Combinação de papéis: todos os tópicos relacionados a essa sociedade precisam estar muito bem acordados. Alinhe qual será o grau de responsabilidade de co-founder, qual será o percentual desse profissional na participação e potencial diluição em rodadas de investimento e defina os valores que essa pessoa receberá, seja por mês ou em uma venda.
Já decidiu quem será o seu ou sua co-founder e essa pessoa atende aos requisitos para uma sociedade harmoniosa e que agregue valor? Muito bem! Essa segurança na tomada de decisões é fulcral para uma execução assertiva da sua solução.
6. Respeite e siga as disposições legais
Desde junho de 2021, o Brasil passou a contar com regulação legal para as startups e para o empreendedorismo inovador. A Lei Complementar de nº 182 trouxe premissas, diretrizes e medidas que precisam ser adotadas para a criação de um negócio nesse segmento.
Além disso, a partir do seu Capítulo II, há dedicação para aquilo que se enquadra como startup, bem como indicação de seus intrumentos. Por isso, deve haver respeito quanto a essa legislação e também todas as leis civis, empresariais e demais que tratam do assunto.
Seguir esse passo a passo inicial é a fórmula que garante mais segurança para um resultado satisfatório no futuro. Estudo, planejamento, trabalho duro e acompanhamento serão sempre suas bases principais como empreendedor.
Mas, para criar sua startup e ter êxito nessa empreitada, há muito mais a ser feito. Ficou curioso para descobrir os próximos passos para conseguir tirar a sua ideia do papel e tornar sua solução real, inovadora e promovendo mudanças de atitude que facilitem a vida do maior número de pessoas? Se liga na próxima dica.
Aproveite e confira 10 passos para criar a sua startup
O programa Distrito For Startups elaborou o e-book 10 passos para criar a sua startup para te incentivar a iniciar o planejamento e criação do seu negócio com mais segurança.
Neste guia, foi organizado um passo a passo de criação de uma startup com base em cases de sucesso do mercado para a sua solução sair do campo das ideias e se tornar parte do ecossistema, com a intenção de mitigar os riscos de uma má execução.
Baixe o conteúdo gratuitamente e tenha acesso a informações e dicas para cuidar das finanças da startup, seja para precificar sua solução ou ter um fluxo de caixa. A importância de definir KPIs também é assunto deste guia.
Outros pontos que não poderiam ficar de fora quando o assunto é a criação de uma startup são o branding, estratégias de lançamento e crescimento para tornar a empresa ainda mais conhecida. E não menos importante, abordamos também os dois tipos de pitches, o comercial e de investimentos, com dois roteiros que vão te ajudar a conquistar mais pessoas.
Não entendeu muito bem os temas citados acima e quer seguir os próximos passos depois da escolha do co-founder? Todos os tópicos necessários para criar sua startup até o negócio alcançar maturidade suficiente estão explicados em detalhes no e-book. Aproveite!
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O Distrito for Startups é um programa de desenvolvimento contínuo de startups que tem como objetivo auxiliar na superação de todos os desafios da gestão, e ser ponte entre a startup e a maior comunidade virtual de startups do país.
Ele te conecta a soluções inovadoras e uma tecnologia de ponta, através de mentorias onlines com diferentes mentores a sua escolha ou com um dos Community Managers do Distrito, participação em eventos, conexão direta com corporates e universidades, treinamento de pitch para investidores, acesso a conteúdos e workshops exclusivos, validação de processos e descontos em ferramentas. Além de hubs de inovação que te conectam com diferentes empreendedores e diversas oportunidades.