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Inovação: o que é, importância e como fazer da melhor forma

Inovação: o que é, importância e como fazer da melhor forma

10 de setembro de 2024
15 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 10 de setembro de 2024

A inovação é uma das áreas mais importantes no que diz respeito à competitividade das empresas em todos os setores à curto e longo prazo, sobretudo, na nova economia. Ela vai muito além de apenas uma buzzword que muitos gurus amam espalhar por aí.

Portanto, é crucial saber para que ela serve como colocá-la, de fato, em prática. Neste artigo, vamos abordar tudo o que empresários e entusiastas precisam saber sobre inovação, sua implementação e exemplos!

Confira os tópicos deste artigo:

  • O que é inovação?
  • Para que serve e por que é importante?
  • Como fazer?
  • Tipos de inovação
  • Quanto custa inovar?
  • Como sua estratégia de inovação pode alcançar resultados melhores?
  • Cultura da experimentação
  • Mitos sobre inovação
  • Conclusão

O que é inovação?

A inovação é um processo através do qual um domínio, produto ou serviço é renovado e atualizado pela aplicação de novos processos, introdução de novas técnicas ou estabelecimento de ideias bem-sucedidas para criar um novo valor.

A palavra tem origem no verbo latino innovare, que significa, em essência, renovar ou restaurar. E uma das suas características mais importantes é a criação de valor.

Pois produtos e serviços que não se transformam ou se adaptam às novas tecnologias e tendências, tornam-se obsoletos rapidamente. Com tantas novidades no mercado, o consumidor tende a perder o interesse cada vez mais rápido, e a sua busca por coisas novas é contínua.

Dessa forma, a inovação no contexto de empresas deixa de ser um opcional e passa a ser indispensável. Porém, ainda há muitas dúvidas e incertezas sobre como iniciar uma jornada de inovação corporativa, quais os tipos de inovação e como garantir bons retornos.

Para que serve a inovação

Como mencionado anteriormente, conforme a velocidade que a tecnologia avança e novas tendências surgem, a necessidade de acompanhar esse movimento e inovar na entrega de serviços ou produtos cresce junto.

Porém, indo um pouco além, a inovação não se resume apenas em desenvolver produtos ou serviços diferenciados, mas também é um caminho para digitalizar processos, facilitar a comunicação interna, repensar o modelo de negócio e até mesmo adotar uma cultura focada em inovar e transformar.

A inovação não é apenas uma vantagem para o consumidor, mas também traz grandes benefícios para os fundadores, colaboradores e a empresa no geral. São eles:

  • Estar atualizado nas tendências: com a cultura da inovação disseminada, os colaboradores ficam mais atentos às novidades do mercado, facilitando a proposta de ideias e mudanças.
  • Destaque frente à concorrência: a prática aumenta as chances de ser notado por quem busca algo novo, evitando ser mais do mesmo.
  • Maior eficiência: Inovação não é só sobre novos produtos, mas também otimizar processos internos, liberando tempo para atividades mais produtivas.
  • Menos custos e mais retornos: Ao otimizar processos, a empresa reduz gastos com tarefas desnecessárias, direcionando recursos para gerar valor e retorno financeiro.
  • Equipe motivada: Um ambiente que incentiva a exposição de ideias impacta positivamente a performance e produtividade dos colaboradores.

Leia também: O que é cultura de inovação e por que é importante?

Por que é tão importante?

Nessa altura do campeonato, você já deve ter suposições. Mas um fator muito importante para qualquer empreendimento é aumentar sua competitividade.

Nesse caso, existem várias maneiras de fazer isso: sendo líder de um setor ou desenvolvendo estratégias de diferenciação. Em ambos os casos, é necessário traçar estratégias exclusivas.

Empresas que buscam liderança no setor precisam garantir competitividade a longo prazo, otimizando processos e criando produtos e serviços inovadores para ganhar escalabilidade.

Por outro lado, as empresas que focam na diferenciação precisam inovar a fim de oferecer algo único e resolver as dores dos clientes.

Para exemplificar, a chegada da startup Quinto Andar revolucionou o mercado imobiliário, transformando o processo de alugar imóveis, antes demorado e desgastante. Agora, os clientes têm mais controle sobre a busca, podendo filtrar características do imóvel e escolher a melhor garantia locatícia. Como resultado, as imobiliárias tradicionais precisaram correr atrás do prejuízo, automatizando processos e melhorando o atendimento para acompanhar essa nova realidade.

Porém, vale mencionar que a inovação é um processo sem fim. Ou seja, o surgimento de novas tecnologias e, consequentemente, novas demandas de mercado, exige que as empresas sempre tenham estratégias consistentes e que possam evoluir conforme o mercado também muda.

Como fazer inovação

Agora que você entendeu a importância da inovação, vamos conferir como dar os próximos passos.

Primeiramente, todo esse processo só faz sentido se a empresa em sua totalidade estiver alinhada a esse objetivo. Nada adianta ter apenas um único setor ou time responsável pela transformação, ou se apenas este for um desejo da gestão.

A inovação é feita de pessoas para pessoas. Por isso, a mentalidade deve ser compartilhada por todos. Isso inclui desde os líderes até todos os colaboradores. Existem algumas dicas que podem ajudar com isso:

  • Ambiente aberto a novas ideias: Crie um espaço onde os colaboradores possam compartilhar ideias e sugerir projetos sem medo de julgamento.
  • Foco no intraempreendedorismo: Identifique e incentive colaboradores que tenham ideias novas internamente, oferecendo suporte para explorar novos mercados e criar soluções inéditas.
  • Incentive a aprendizagem contínua: Promova o conhecimento sobre esse assunto por meio de livros, documentários, workshops e treinamentos, ampliando a capacidade de gerar novas ideias.
  • Conheça o seu consumidor: Inovar com foco nas necessidades reais dos clientes é essencial para alcançar resultados e criar soluções relevantes.
  • Trace um plano estratégico: Planeje a transformação, definindo recursos, equipes, prazos e métodos para avaliar resultados, garantindo a replicação do que funcionou.

Ainda assim, a inovação demanda um bom nível de criatividade e uma boa disponibilidade de dados.

O que isso significa? Muitas vezes, as estratégias vão além da operação cotidiana da empresa. É preciso estar atento aos movimentos do mercado, quais tendências estão despontando e qual delas é relevante para o seu negócio, e nem sempre você terá essa informação.

Com isso, uma plataforma de inovação e implementação de tecnologia pode ser extremamente positiva para impulsionar a sua empresa rumo a um novo patamar.

Leia também: Gestão da inovação: tudo o que você precisa saber para transformar a sua empresa

Tipos de inovação

Para inovar de maneira eficaz, é essencial entender que não existe um único caminho. Cada empresa possui seu contexto, e as estratégias variam conforme os objetivos e resultados desejados. Abaixo está uma abordagem mais simplificada sobre como definir a inovação na sua organização:

  • Identifique as oportunidades: Avalie o horizonte do seu mercado e as tecnologias que podem impulsionar seu negócio.
  • Mapeie elementos disruptivos: Identifique fatores que podem causar grandes mudanças na sua indústria.
  • Garanta a competitividade: Entenda como sua empresa continuará relevante e entregando valor aos clientes no longo prazo.
  • Avalie o papel: Defina o impacto dela tanto para o negócio quanto para as pessoas.

Com base nisso, estabeleça objetivos claros de inovação e os passos para alcançá-los. Atualmente, as empresas, no geral, entendem que há quatro modelos principais de inovação: radical, incremental, disruptiva e aberta.

Leia também: 10 livros sobre inovação para ajudar na sua jornada

1. Incremental

A inovação incremental é quando uma empresa faz pequenas melhorias em seus produtos, serviços ou processos já existentes. Nada muito arriscado, mas o suficiente para manter as coisas em movimento.

Um exemplo clássico é a Coca-Cola, que foi adicionando novos sabores, como limão e cereja, para continuar relevante. Entre as vantagens estão:

  • Melhoria na eficiência de algo já consolidado.
  • Diferenciação competitiva no mercado.
  • Menores riscos. Essa abordagem é ideal para manter a competitividade sem grandes revoluções.

2. Inovação Radical

Já a inovação radical é aquela que transforma completamente o mercado, criando novos produtos ou serviços. Ela demanda mais tempo e recursos, mas o impacto a longo prazo pode ser enorme.

Um exemplo é a Salesforce, que revolucionou o mercado com seu modelo de SaaS (software como serviço) para CRM. O foco aqui é explorar novos mercados, mudando o cenário competitivo. Vantagens incluem:

  • Reposicionamento da empresa no mercado.
  • Captação de novos públicos.
  • Lançamento de produtos ou serviços inovadores.

3. Disruptiva

A inovação disruptiva acontece quando uma empresa nova, geralmente uma startup, chega e muda o jogo, substituindo soluções antigas por alternativas mais acessíveis e simples.

Um exemplo perfeito é o Spotify, que revolucionou a forma como consumimos música, praticamente aposentando os CDs. A inovação disruptiva se destaca por:

  • Criar soluções mais baratas e convenientes.
  • Atender mercados que as grandes empresas ignoram.
  • Gerar mudanças de comportamento no consumo.

4. Inovação Aberta

A inovação aberta é um termo que surgiu em 2003 no livro de Henry Chesbrought: Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology.

A estratégia propõe a colaboração entre empresas, colaboradores, clientes e fornecedores no processo de inovação. A ideia é compartilhar conhecimentos e experiências, rompendo com o medo de expor informações à concorrência e criando ecossistemas favoráveis ao desenvolvimento tecnológico.

É nesse momento que os ecossistemas de inovação ganham relevância. Afinal, são eles os responsáveis pela criação de ambientes propícios ao desenvolvimento tecnológico e científico em prol do avanço.

Essa abordagem é uma via de mão dupla, em que as empresas envolvidas se beneficiam do conhecimento compartilhado, economizando tempo e dinheiro no desenvolvimento de produtos e serviços. Além disso, a inovação aberta traz benefícios como:

  • Incentivar um processo de inovação interno;
  • Diminuir o tempo para desenvolver e comercializar uma solução;
  • Reduzir custos em diversas etapas do processo;
  • Incentivar a criação de novos mercados;
  • Inovar produtos já existentes;
  • Promover networking;
  • Democratizar o acesso às ideias, entre outros.

Como implementar a inovação aberta? (Fonte: Distrito)

Quanto custa inovar?

Muitas empresas ainda resistem à inovação, preferindo modelos tradicionais ou temendo sair da zona de conforto. No entanto, o custo de não inovar pode ser muito mais alto, já que novos concorrentes e tecnologias estão transformando mercados inteiros. Exemplo disso são empresas como Kodak e Nokia, que falharam em se adaptar e acabaram caindo no esquecimento (lê-se: falência).

De acordo com o IPEA, para uma empresa se manter competitiva no Brasil, é necessário investir pelo menos 2% do PIB em pesquisa e desenvolvimento (P&D), mas o país investe apenas 0,5%. Isso demonstra a resistência no cenário brasileiro.

Apesar do investimento em inovação ser de longo prazo, ele é fundamental para evitar a perda de relevância no mercado. Empresas que focam na inovação tendem a garantir um crescimento sustentável e a se destacar em um ambiente competitivo, enquanto as que não inovam arriscam sua sobrevivência.

Leia também: 6 empresas que falharam em se adaptar e caíram no esquecimento

Como sua estratégia de inovação pode alcançar melhores retornos

Para medir o impacto dos investimentos digitais, as empresas devem adotar métricas adequadas, e o Return on Digital Investments (RODI) é a principal delas.

Em 2020, um estudo realizado pela EY-Parthenon concluiu que apenas 23% das empresas calculavam o RODI, mas esse número subiu para 41% em 2022. Ele também mostrou que o RODI médio esperado para 2022 era de 7,6%, um aumento em relação aos 4,4% de 2021.

Apesar desse avanço, muitos executivos ainda enfrentam dificuldades para acompanhar com precisão os investimentos digitais. Três quintos dos entrevistados não sabem quanto foi investido no último ano, nem conseguem avaliar o impacto desses investimentos nas áreas beneficiadas. Isso impede uma visão clara do sucesso e das razões por trás dele.

Além de mensurar o impacto, é essencial fazer investimentos ponderados e inteligentes. A maioria dos executivos (55%) prefere investimentos inorgânicos, como parcerias, Corporate Venture Capital (CVC) e fusões e aquisições (M&A), em vez de confiar apenas no crescimento orgânico.

Para melhorar a eficácia dos investimentos digitais, os executivos que participaram do estudo recomendam:

  • Desenvolver estratégias flexíveis para ajustar-se a imprevistos.
  • Empoderar líderes e responsáveis pelas transformações.
  • Desvincular modelos operacionais tradicionais da inovação.
  • Focar investimentos em novos produtos e serviços.

Leia também: Como medir o sucesso da inovação?

Cultura de experimerimentação

Uma maneira eficaz de garantir que a inovação permeie todos os setores de uma empresa é, primeiramente, adotar a cultura de experimentação. Esse conceito, embora bastante comum em agências, pode ser aplicado em qualquer tipo de negócio.

Basicamente, a ideia é incentivar a experimentação de novas ideias em todos os times, promovendo a criatividade e a aceitação de erros. Assim, as empresas podem corrigir rapidamente o que não funciona, usando um processo estruturado que envolve hipótese, observação, mensuração e aprendizado.

Além disso, nessa cultura, é fundamental que todos os envolvidos estejam preparados para errar e aprender com os erros. A chave é testar rapidamente, falhar rapidamente e aprender rapidamente. Consequentemente, esse ciclo contínuo de experimentação permite que a empresa acumule conhecimento e ajuste suas práticas com mais agilidade.

Por exemplo, empresas como Netflix e Amazon adotaram essa mentalidade há anos. Dessa forma, elas incentivam seus colaboradores a compartilhar insights e testar novas ideias, criando um ambiente em que a inovação surge naturalmente. Portanto, o sucesso dessas empresas mostra como uma cultura aberta à experimentação pode gerar grandes resultados.

Mitos sobre inovação

Aliás, além de entender como aplicar a inovação na prática, é fundamental ter em mente que nem tudo que ouvimos e lemos por aí é verdade.
Existe muita especulação acerca do assunto inovação, muitos acreditam em afirmações que já se provaram serem apenas mitos. Descubra alguns deles:

Inovação é sinônimo de tecnologia

Embora a tecnologia seja uma forma de inovar, ela não é a única. Inovar significa trazer soluções práticas que resolvam problemas de maneira acessível, e isso pode ser feito de várias maneiras.

No Brasil, por exemplo, cerca de 40 milhões de pessoas não têm acesso à internet, de acordo com dados do IBGE de 2019. Focar apenas em tecnologia pode excluir essas pessoas e, dependendo do seu negócio, alcançar esse público pode ser essencial para o sucesso.

Significa criar novos produtos e serviços

Lançar um produto ou serviço novo não garante que ele seja inovador. Inovação envolve muito mais que apenas a criação de algo novo. É uma cultura que permeia toda a empresa, incentivando os colaboradores a pensar em soluções relevantes, eliminando processos obsoletos que não contribuem para os resultados.

Inovação e criatividade são a mesma coisa

A criatividade é fundamental para impulsionar a inovação, mas não basta ser criativo. Sem uma cultura de experimentação, gestores abertos a ouvir novas ideias e processos estruturados para testar essas ideias, a criatividade por si só não leva ao crescimento da empresa.

Só funciona em grandes empresas ou startups

Esse mito sugere que apenas grandes empresas e startups têm a capacidade de inovar, o que não é verdade. Qualquer empresa, independentemente do tamanho, pode inovar desde que tenha foco nas necessidades dos clientes e esteja disposta a buscar novas soluções e modelos de negócios.

Demanda grandes investimentos

Embora algumas inovações possam exigir grandes investimentos, muitas vezes basta uma mudança de mentalidade. Quando todos os colaboradores têm liberdade para expor suas ideias e testar novas abordagens, já há um caminho para inovar. Pequenas mudanças em processos internos podem trazer grandes resultados, sem a necessidade de grandes investimentos financeiros.

Esses mitos muitas vezes distorcem a realidade da inovação e podem impedir que empresas percebam seu verdadeiro potencial.

Conclusão

Assim, é indispensável entender que a inovação, nos dias de hoje, é uma necessidade para toda empresa que queira se manter relevante no mercado.

E sabe quem pode te ajudar com isso? O Distrito possui uma plataforma de inovação que conecta grandes empresas e startups, oferecendo soluções para fomentar um ambiente mais inovador e produtivo.

São milhões de dólares em resultados financeiros por meio do aumento de receita ou economia em custos com o uso de novas tecnologias como Inteligência Artificial, Omnichannel, Data Analytics, Fintechs, Logtechs etc.

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